quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A gente não sabe...

A verdade absuluta é que não sabemos aonde as coisas vão parar. Ficamos nos questionando o tempo inteiro, porquê, para quê, de onde, para onde... e sempre chegamos à mesma conclusão.

Eu mesma, juro!, Cansei de me perguntar de onde surgiram esses buracos todos nos quais me meto! (E sou eu, sim, quem me coloco lá.) Em amizade, em família, em semi-relacionamentos... Tudo deveria ter uma razão, e eu não sei 'o quê' de nada. Me apaixono por pessoas o tempo inteiro, em um minuto elas fazem parte da minha história, de algum caso, de algum palpitar... e, em dois, elas passam, me enjoam ou não corroboram mais para o meu objetivo (seja qual esse for). Sou sincera ao falar que descarto pessoas e sentimentos se eles não me dão mais aquele calorzinho, aquela euforia instantanea.

Agora mesmo, me apaixono por alguém e tenho total certeza de que é "por ser proibido". Vamos ver quando e como isso tudo vai chegar ao fim.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

Primeira e última carta.

É difícil começar a falar sobre a decisão que eu tomei, sendo que eu sempre esperei que isso viesse de você. Quando a gente se reencontrou, as pessoas achavam, ou melhor, tinham certeza de que voltaríamos e que você me faria sofrer... mais uma vez. O tempo passou e aqui estamos dois meses depois. Você falando de "quando a gente voltar a namorar", de como você sente ciúmes e, como sempre contraditório, de como você está na dúvida sobre o que fazer. Parece que está tudo nas suas mãos, não é mesmo?!
Eu não me ofendo com essa sua atitude, não mesmo... Mas vi que, se eu não colocar um ponto final agora, quem vai perder tempo (mais uma vez) sou eu. Então resolvi te escrever esta carta, que é pra explicar tudo de uma vez só, sem ser interrompida pelos meus próprios devaneios. Não é segredo pra ninguém que eu sofri muito quando a gente terminou. Sofri demais, chorei o Amazonas e saí de órbita do mundo. Praticamente parei de trabalhar, estudar... . Cada ligação que eu recebia era uma decepção, cada palavra que eu escutava sobre você era um murro. Tive vergonha, de mim e, principalemente, de você. Me achei idiota...eu tava no lixo. O tempo passou, e não que eu já tivesse me esquecido de você, mas eu consegui ver valor em outras pessoas (valores que eu imaginava em você e você simplesmente detonou...).
Fui cuidada um tempão por pessoas muito especiais! Muito mesmo! Fiz amigos sensacionais, recuperei alguns que não via há muito tempo, mantive aqueles que já eram próximos e descobri que algumas pessoas são ótimas, boas de coração mesmo, mas não servem pra mim, para conviver comigo. Aí aprendi que eu posso admirá-las e até gostar muito delas, querer-lhes bem... mas de longe. Tenho certeza que foi assim pra você também: pessoas chegando, pessoas saindo... E aquelas que nunca partem. Bem...
Viajamos, beijamos, transamos com outra(s) pessoa(s)... Sentimos prazer, alegria, saudade, tristeza. Chegou um tempo que você não era mais meu pensamento e, quando ocorria uma lembrança sua, eu não tinha raiva e nem te queria de volta. Era bom saber de algumas tardes felizes que a gente teve, do seu abraço que me fazia derreter, da sua família que eu fiz minha família. Só era bom. Mas aí, quando eu compartilhava um pensamento que te envolvia, todos aqueles olhares e palavras recriminatórios vinham juntos: "ih, até já vi o que vai acontecer!", "ai, pelo amor de Deus! Esquece ele!", "Todo mundo tem um carma, né?!”.
Era o que as pessoas me diziam. Mal sabiam elas que existem certas pessoas que são INESQUECÍVEIS e que SEMPRE serão importantes. Não importa quanto tenham nos machucado, quanto nos tenham feito sofrer. Todo mundo sabia (inclusive eu) que a gente teria esse momento que estamos tendo agora. Todo mundo sabia que quando eu estivesse boa, você iria me procurar e ia sentir vontade de reconquistar, de ter de novo. "Ele não é bobo e você é boba demais." Foi o que eu escutei, incontáveis vezes. Mas, independentemente daquilo que dizem (e não me importa, porque as pessoas dizem muitas coisas...), estamos aqui. Eu e você, "juntos". Ficamos e você começou com o assunto que cedo ou tarde iria surgir. "Não tenho culpa, estou me envolvendo...", "quando a gente começar a namorar", "eu tenho ciúmes", "estou com medo". Você me disse TUDO o que eu disse e senti enquanto a gente estava namorando. Inseguro, volúvel, contraditório por MEDO... Esperando um raio cair nas nossas cabeças ou Deus descer e falar qual é a resposta certa. Ir ou não ir? Querer ou não querer? Assumir ou não assumir?!
Não pense que é fácil te conhecer tanto assim... Em outros tempos minha cabeça deu um verdadeiro nó e eu simplesmente me esqueci de ser quem eu sou pra aprender sobre você. O que eu quero dizer é que NÃO está nas suas mãos.
Quero muito! Tá na hora de novo, tô com saudade do carinho e do suposto equilíbrio de uma relação oficial. Quero namorar e gosto de você, mas não é você quem vai me fazer feliz. Eu quero quem cuide de mim, quem realmente se importe e se interesse em saber como foi meu dia, que se envolva no MEU mundo, que conheça os meus casos e que ria comigo por qualquer bobagem...e não só por cosquinhas. Quero alguém que saiba da minha história e que não tenha medo de me perder pro passado ou de ser pior que o passado. Eu não quero competir igual a gente fez. Eu não quero ser melhor que você, nem pior e muito menos quero ser igual... não teria graça. As pessoas são diferentes, piores ou melhores em certos aspectos, e por isso se complementam. É isso que eu quero e foi isso que eu quis o tempo todo. Não vejo essa vontade em você e, se eu aceitasse voltar agora, seria por carência minha e não sua, como a gente discutiu o tempo todo.
Vi muitas evoluções em você depois desse tempo separado. Assumiu sentimentos que jamais teria assumido, me mostrou e se propôs a situações e conversas que nunca teriam acontecido naquela época. Mas eu ainda preciso de MAIS. É evidente que eu não vou encontrar alguém agora, muito menos alguém que não tenha medo do passado, sabendo que meu passado mais presente é você. Mas tentar não custa, né?! Fizemos tantas tentativas esse tempo todo, acertamos umas, erramos feio outras, nos enganamos em mais meia dúzia e nos encontramos! Acertamos quando nos encontramos, mas o tempo de "ser certo" passou. Não dá pra saber do futuro e eu não vou ficar calculando com todas essas variáveis que nosso universo apresenta...